Às 10 horas da noite de 3 de junho de 1989 os tanques de guerra do Exercito de Libertação Popular começaram a rolas suas esteiras sobre a praça Tiananmen, em Pequim. Nos dois meses anteriores uma festa tinha tomado conta da praça, e ameaçava se espalhar por toda a China. Era uma festa celebrando a democracia, e na praça os estudantes se reuniam, cantavam, comiam e dormiam.
Às 10:30 da noite de 3 de junho tudo acabou.
O mundo nunca saberá ao certo o número de mortos, presos e desaparecidos da praça Tiananmen. O mundo provavelmente esqueceria Tiananmen, não fosse por uma foto de Jeff Widener da agência Associated Press. A foto, tirada em 5 de Junho, mostra um homem em pé, impedindo apenas com seu corpo a passagem de uma coluna de tanques de guerra. Nunca se soube ao certo o seu nome, nem o que aconteceu com ele.
Nosso mundo é moldado por homens comuns como Rosa e o desconhecido da Praça Tiananmen. As atitudes diárias, amplificadas milhares de vezes, determinam os valores e o destino das nossas sociedades.
Quem suborna um guarda de trânsito não pode se espantar com o deputado ou senador que aceita propina.
O exemplo vem de baixo.