Não sou liberal, não sou de esquerda, não sou de direita


Não sou liberal, não sou de esquerda, não sou de direita. Critiquei o regime militar, agora critico o populismo e a corrupção da nossa democracia de fachada. 

Fiz meu dever de casa, estudei nossa história, conheci outros países. Sei que é possível vivermos melhor, com menos crimes, menos buracos nas ruas e mais oportunidades para todos. Sei que políticos e administradores públicos não precisam ser figuras caricatas, das quais nos envergonhamos. Sei que não precisamos entregar ao Governo quase metade do que ganhamos na forma de impostos - um dinheiro que não chega a quem precisa.

Gastamos horas debatendo o Bolsa-Família, um programa que destina R$ 20 bilhões por ano ao combate a miséria. Mas o Estado brasileiro consome mais de R$ 1 trilhão - ou mil bilhões - no seu funcionamento.

O Bolsa-Família representa 2% do dinheiro que o Estado arrecada. É isso que estamos discutindo ?

Podemos ser uma das nações mais prósperas do planeta. Países muito menores e com menos recursos conseguiram isso. O segredo está nas instituições. Vamos falar sobre elas ?

A justiça precisa proteger nossa liberdade e nossos direitos, a polícia precisa garantir a paz de nossas famílias, os ônibus precisam ser seguros e baratos. Criminosos devem ser punidos e todos devem ter acesso à educação básica de qualidade.


Independente do partido que esteja no poder.


O brasileiro não pode depender da piedade e da boa vontade dos governantes.

Nenhuma autoridade pode se apropriar do dinheiro público, nem achacar ou extorquir um cidadão.

Não podem ocorrer arrastões nas praias nem tiroteios nas favelas. Armas de guerra não podem atravessar nossas fronteiras. Penitenciárias não podem ser escolas do mal. Não podemos ter medo de andar no nosso quarteirão.

Não importa se o presidente é João ou Maria.

Nosso progresso não depende de Ministérios, de grandes programas, de manifestações, de bolsa-isso ou bolsa-aquilo.

O que fará do nosso país um lugar decente para se viver são as instituições - a justiça, a cidadania, as leis, a moral das famílias, a ética empresarial. O que aprendemos e ensinamos em nossas escolas.

Precisamos quebrar o ciclo da vitimização e da dependência.

Não podemos esperar por um Estado que resolva todos os nossos problemas. Não podemos mais depender de políticos incompetentes e corruptos.

Essa é uma escolha que teremos que fazer no dia a dia, fora das eleições. Para que tenhamos mudanças reais e melhores escolhas no futuro.