Até Que Emfim - Parabéns ao Cel. Milan

Polícia Militar não vai autorizar festa de réveillon em Ipanema


Publicada em 27/11/2008 às 23h36m no Globo Online


Ruben Berta

RIO - O comandante do 23º BPM (Leblon), coronel Carlos Milan, afirmou nesta quinta-feira, durante reunião do Conselho Comunitário de Segurança da Zona Sul, que não vai autorizar a realização da festa de réveillon na orla de Ipanema. Ele disse que enviou relatório ao comando da Polícia Militar e ao Ministério Público estadual relatando uma série de problemas ocorridos no evento do ano passado. O delegado José Alberto Pires Lage, titular da 14ª DP (Leblon) e a associação de moradores do bairro também se manifestaram contra a festa.


- No ano passado, já houve uma série de problemas, tivemos que pedir reforço ao Batalhão de Choque. Se fosse um evento para a família, com o apoio da comunidade, eu autorizaria, mas o que vimos ano passado foi cidadãos tolhidos até no direito de ir e vir - disse Milan. A festa deste ano está programada para ter 12 horas de atrações voltadas para o público jovem, com DJs tocando músicas eletrônicas. Na virada para 2008, um jovem foi morto com um tiro no abdômen, na Avenida Vieira Souto, próximo ao Posto Nove.


Até que enfim. Será que a posição do Cel. Milan vai prevalecer ?


A comemoração já acontece em Copacabana, onde é feita com profissionalismo (geralmente). Em Ipanema o que se viu foram os piores exemplos de sujeira, selvageria, caos urbano e crime (incluindo uma morte). Para refrescar a memória segue uma foto daqueles dias abaixo. Entre outras coisas, camelôs e ambulantes de todos os confins do Rio convergiram para a Vieira Souto, contribuíndo para a sujeira, o perigo (repare no braseiro aceso no calçadão - bem legal, até que seu filho venha correndo e esbarre nele) e a balbúrdia (cerveja e todo o tipo de bebida vendida a cada 5 metros).


Teoria da Tolerância Zero (Broken Windows) comprovada pela Ciência

Pesquisadores da Holanda comprovaram a veracidade da teoria da Tolerância Zero (Broken Windows, em inglês): a de que um ambiente urbano degradado conduz ao aumento da criminalidade.

Essa teoria, popularizada pelo sucesso de Ralph Giulianni à frente da prefeitura de Nova Iorque (redução dos homicídios de 2.000 ao ano - a realidade do Rio de Janeiro de hoje - para menos de 500) nunca havia sido comprovada experimentalmente. Agora foi, através de uma série de experimentos cuidadosamente projetados, sem deixar dúvidas.

A notícia vem de um artigo da The Economist dessa semana: clique aqui para lê-lo (em inglês).

Guardadores de Carros

Há muito quero dizer aqui a verdade sobre guardadores de carros. O Ricardo Linhares, em um artigo de O Dia de hoje, diz tudo o que eu quero dizer. Alguns trechos:

"Flanelinha não é profissão. É atividade de meliante. Essa é uma das faces da desordem urbana..."

"Por que o carioca é tratado com tanta falta de respeito? O prefeito, o Sindicato dos Guardadores de Automóveis, o Tribunal de Contas do Município e a Embrapark trocam acusações, mas nada é resolvido."

Vejam o artigo completo aqui.

Guardadores são achacadores, ponto. Só pagamos porque temos medo, de agressão e de danos ao veículo. Eles não prestam nenhum serviço. É triste ver que existem cariocas esclarecidos que prestigiam guardadores, deixando até as chaves de seus carros com eles (como acontece com frequência no centro da cidade).

A cidade poderia estar ganhando uma fortuna se utilizasse algum sistema sério de cobrança por uso de vagas. Ao invés disso, temos mais uma Máfia achacando os cidadãos.

Blog do Noblat - Estrutura política local dos EUA

Do Blog do Noblat:

O modelo de administração pública, nos Estados Unidos, é substancialmente diverso do brasileiro. A ponto de não permitir comparações cômodas. Diferente do Brasil – com territórios bem definidos em União, Estados e Municípios –, lá temos 51 Estados (considerando Washington DC), 3.034 Condados (Countys), 19.429 entes municipais (divididos em Citys, Towns e Villages), 16.504 distritos municipais (Townships ou Towns), mais 13.506 Escolas Distritais e 35.052 entes específicos de gestão (policia, corpo de bombeiros, bibliotecas).

Esses núcleos se estruturam diferentemente, segundo legislação de cada Estado, a partir da Décima Emenda (à Constituição), levando alguns Estados a sequer ter qualquer governo local, como Alaska (em parte), Conenecticut ou Rhode Island. Lazy Lake, na Flórida, tem 38 habitantes. Nova Yorque, 8 milhões. Difícil de comparar pois as estruturas não são iguais.

Veja o resto aqui

Noblat diz que nossos vereadores são um desperdício de dinheiro publico (cada gabinete de vereador tem 20 funcionários).

Concordo inteiramente. Mas tem coisa pior. Alguém pode me dizer se juiz americano tem carro com motorista pago pelo estado ?

A Ex-Classe Média, artigo do New York Times

David Brooks, do New York Times, diz que a crise que está chegando (e que cada vez mais gente diz que vai ser longa e profunda) vai afetar principalmente aqueles que acabaram de entrar para a classe média - e que logo terão que abandoná-la.

"Essa recessão terá perfil social único. Especificamente, é provavel que produza um grupo social novo: a ex-classe média. São pessoas que atingiram status de classe média no rastro do longo período de prosperidade, e então perderam esse status. Para elas, o fosso entre sua situação atual e onde costumavam estar parecerá largo e desanimador.

Esse fenômeno is percepitivel nos países em desenvolvimeno. Na última década, milhões de pessoas nessas sociedades saíram da pobreza. Mas a recessão global está as empurrando de volta pra baixo. Muitas estão furiosas com a democracia e o capitalismo, que responsabilizam por seus sonhos desfeitos. É possível que a crise produza uma profusão de Hugo Chávez".

Veja o artigo completo aqui.

É aguardar pra vez. Eu não sou adivinho, e mal entendo de economia, mas senti que alguma coisa estava errada quando vi a recepcionista do consutório do médico da minha mãe discutindo os preços das ações da Vale e Petrobrás, o pré-sal e as exportações de minério para a China.

Gestão Pública e Máquina Administrativa - do Ex-Blog do César Maia

Uma excelente matéria (reproduzida aqui em parte) do Ex-Blog do César Maia de hoje.

Ex-Blog do Cesar Maia 14/11/2008
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GESTÃO E ESTRUTURA ADMINISTRATIVA! OS EIXOS VERTICAL E HORIZONTAL!

1. Artigos sobre gestão, em especial do setor público, analisam a dinâmica e as interações entre a capacidade de gestão e a complexidade da estrutura administrativa. Para o entendimento, desenhemos um gráfico onde o eixo vertical representa o índice de capacidade de gestão, de zero a cem, e o eixo horizontal, outro índice de zero a cem, representando a complexidade da estrutura administrativa.

2. Quando se toma a decisão de ampliar a máquina administrativa, com mais órgãos ou serviços e assim se avança ao longo da linha horizontal, deve-se perguntar de que forma a capacidade de gestão, na linha vertical, se comportará. Ou seja, ao se expandir a máquina administrativa deve-se fazê-la aprofundando a capacidade de gestão. Ou não fazer.

3. No setor público pode-se dar de três formas. Duas compulsórias, sejam por demandas de uma população que cresce, sejam por serviços que se fazem necessários pelo bem (defesa ambiental...), ou pelo mal (aumento da criminalidade). A terceira forma é por decisão autônoma do setor público que entende que desta forma prestará melhores serviços à população.

4. Quando não se antecipa a ampliação compulsória da necessidade de mais serviços e com isso não se aprofunda a capacidade de gestão, o índice no eixo horizontal se desloca em direção a 100, mas no eixo vertical se desloca na direção de zero. O ponto de projeção se torna mais próximo de zero no eixo vertical e mais perto de 100 no horizontal. Quando isso ocorre, piora a qualidade dos serviços, diminui a produtividade e aumentam os custos.

5. As crises nas áreas de segurança pública e de saúde no Brasil são exemplos de expansão horizontal sem expansão vertical, reduzindo a capacidade de gestão e tornando crítica a oferta de serviços.

6. De pouco adianta os governos, novos ou antigos, pensarem em mais recursos e mais programas, se não pensarem preliminarmente na complexidade administrativa advinda e na capacidade de gestão correspondente.

Continua a Temporada de Caça em Ipanema

Abaixo o relato de uma de nossas líderes comunitárias, narrando a situação no Posto 8, que já ganha contornos trágicos.

Em menos de 24 horas os freqüentadores do Ipa Bebê, um parquinho freqüentado por bebês e crianças próximo ao Posto 8 de Ipanema, presenciaram 4 assaltos.

Nos dois primeiros, por volta das 8:30h da manhã, dois rapazes na mesma bicicleta, um deles armado, levaram o celular de uma moça e a mochila de uma outra pessoa mais a frente. A moça, de tão desesperada, passou por cima da cerca dos bebês aos prantos e gritando. Assim que cheguei na praia na mesma hora liguei para 190 e descrevi a roupa e o modelo da bicicleta. Para minha "surpresa", eram os mesmos rapazes que eu havia visto na entrada do corredor do Arpoador na semana passada. Estavam com a mesma blusa e a mesma bicicleta. Avisei a dois PMs da delegacia de turistas que passavam pela Joana Angélica.

Logo apos ligar para o batalhão para pedir reforço policial por volta das 10:00h, eu e mais 4 testemunhas vimos um outro rapaz sem camisa, de bicicleta, na calçada entre as pistas, retirando da árvore uma faca e colocando dentro do short. Novamente liguei para 190 e dei todos os detalhes, mas a demora em registrar os meus dados deu a esse individuo a oportunidade de assaltar algum pobre coitado.

Os outros dois assaltos foram os mais comuns cometido contra os turistas. Enquanto eles foram à água, os assaltantes agiram com rapidez e carregaram a bolsa com todos os pertences das vitimas. A petulância de um dos assaltantes foi passar por dentro do parque das crianças para fugir. Como teve dificuldade de passar por entre os brinquedos chegou a cair do calçadão tentando escalar a mureta. Percebi que com a colocação da cabine no final do Arpoador os assaltantes resolveram chegar mais para perto da Joaquim Nabuco para poder fugir pela Francisco Otaviano, ou seguir direto pela Teixeira de Melo.

Com a chegada do final de ano e com tantos turistas, temo por nós moradores e pais que utilizamos esse espaço para o lazer dos nossos filhos. A qualquer momento, se não houver repressão a essa gangue de bicicleta, uma nova tragédia vai aparecer na mídia.

Precisamos de policiais em pontos determinados, como na entrada do Arpoador, na saída da Praça Garota de Ipanema , no corredor da Francisco Otaviano e caminhando entre os postos. Eles esperam os triciclos passarem ou os carrinhos que andam no calçadão darem a volta para poder ter tempo de praticar mais um delito sem serem incomodados

Verão no Rio de Janeiro


Aberta a Temporada de Caça em Ipanema

Na última sexta-feira, ao sair de casa, ao meio dia, me deparei com dois marginais aplicando o golpe do sapato sujo. Um deles, fingindo-se de mendigo, deitado na calçada, sujava o sapato dos passantes. O outro, logo a seguir, oferecia seus serviços de engraxate. Por R$ 50,00.

Isso quase em frente ao Laboratório Lâmina, na Francisco Otaviano. As vítimas eram turistas e idosos.

Graças à indignação de todos que assistiam a cena, à mobilização rápida dos porteiros e moradores e a ação da Polícia Militar, os marginais foram impedidos de continuar o achaque.

Entretanto, como não foi possível prendê-los (eles fugiram correndo), eles devem ter mudado seu lugar de trabalho para alguma outra rua do bairro.

Vamos ficar alertas.