Abaixo o relato de uma de nossas líderes comunitárias, narrando a situação no Posto 8, que já ganha contornos trágicos.
Em menos de 24 horas os freqüentadores do Ipa Bebê, um parquinho freqüentado por bebês e crianças próximo ao Posto 8 de Ipanema, presenciaram 4 assaltos.
Nos dois primeiros, por volta das 8:30h da manhã, dois rapazes na mesma bicicleta, um deles armado, levaram o celular de uma moça e a mochila de uma outra pessoa mais a frente. A moça, de tão desesperada, passou por cima da cerca dos bebês aos prantos e gritando. Assim que cheguei na praia na mesma hora liguei para 190 e descrevi a roupa e o modelo da bicicleta. Para minha "surpresa", eram os mesmos rapazes que eu havia visto na entrada do corredor do Arpoador na semana passada. Estavam com a mesma blusa e a mesma bicicleta. Avisei a dois PMs da delegacia de turistas que passavam pela Joana Angélica.
Logo apos ligar para o batalhão para pedir reforço policial por volta das 10:00h, eu e mais 4 testemunhas vimos um outro rapaz sem camisa, de bicicleta, na calçada entre as pistas, retirando da árvore uma faca e colocando dentro do short. Novamente liguei para 190 e dei todos os detalhes, mas a demora em registrar os meus dados deu a esse individuo a oportunidade de assaltar algum pobre coitado.
Os outros dois assaltos foram os mais comuns cometido contra os turistas. Enquanto eles foram à água, os assaltantes agiram com rapidez e carregaram a bolsa com todos os pertences das vitimas. A petulância de um dos assaltantes foi passar por dentro do parque das crianças para fugir. Como teve dificuldade de passar por entre os brinquedos chegou a cair do calçadão tentando escalar a mureta. Percebi que com a colocação da cabine no final do Arpoador os assaltantes resolveram chegar mais para perto da Joaquim Nabuco para poder fugir pela Francisco Otaviano, ou seguir direto pela Teixeira de Melo.
Com a chegada do final de ano e com tantos turistas, temo por nós moradores e pais que utilizamos esse espaço para o lazer dos nossos filhos. A qualquer momento, se não houver repressão a essa gangue de bicicleta, uma nova tragédia vai aparecer na mídia.
Precisamos de policiais em pontos determinados, como na entrada do Arpoador, na saída da Praça Garota de Ipanema , no corredor da Francisco Otaviano e caminhando entre os postos. Eles esperam os triciclos passarem ou os carrinhos que andam no calçadão darem a volta para poder ter tempo de praticar mais um delito sem serem incomodados