Chega

A campanha eleitoral para Prefeito ainda nem começou oficialmente, e os eleitores já se deparam com o cenário tradicional da política pela política, sem nenhuma vinculação com o mundo real onde vivem e andam as pessoas normais.

Os políticos brasileiros há muito se acostumaram com esse mundo de fantasia, com essa realidade alternativa onde os sorrisos, tapas nas costas e poses para fotos são o mais importante. Nessa dimensão paralela, o que importa são as pesquisas eleitorais (ou eleitoreiras), que indicam o que o povo quer ouvir. E não o que o povo precisa ouvir.

Não é importante um plano de governo. O importante é o plano de campanha.

Não importa analisar, destrinchar, equacionar os problemas e oportunidades que virão junto com a cidade. O que importa são as alianças.

Nesse mundo bizarro é possível, ao mesmo tempo, defender uma idéia e formar alianças que batam de frente com ela.

Então se esquece a cidade, seus habitantes, a realidade do dia-a-dia - as calçadas, os onibus, o esgoto, o lixo - e tudo vira um jogo. É a política pura, dos conchavos, dos interesses inconfessáveis.

É preciso que o carioca diga NÃO, com letras maiúsculas.

Chega.