Educação no Brasil: máquina de desigualdade

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Então. Desliga o Jornal Nacional e senta aí que eu explico. Vai ser rápido. Mas vai doer.

Um dos fatores fundamentais para o desenvolvimento de um país é a educação. 

No Brasil, a educação é um desastre, não por falta de verbas (consome 6;6% do PIB, o mesmo que os EUA), não por falta de escolas (o acesso é universal), mas por falta absoluta de qualidade do ensino (27% dos que terminam a escola são analfabetos funcionais).

O ensino público brasileiro é monopólio do Estado (não precisava ser: em vários países o sistema público de educação inclui escolas privadas). O MEC dita os currículos. Os mesmos políticos responsáveis pela refinaria de Pasadena administram nossas escolas. Os sindicatos de professores consideram a palavra "meritocracia" uma obscenidade e são contra  qualquer medida de eficiência (como são em vários outros países).

O sistema é de aprovação quase automática. Os alunos passam de ano sem aprender nada. Todo mundo sabe disso: pergunte a qualquer professor da rede pública. É uma máquina produtora de desigualdade.

Então é preciso fazer uma escolha. 

Se você realmente se importa com a educação - se você realmente acha que ela é um meio eficaz para melhorar a vida dos menos privilegiados - então é preciso absorver os dados acima e perceber que o problema do ensino só poderá ser resolvido com liberdade de escolha (para que os pais possam colocar seus filhos nas escolas escolhidas por eles, e não pelo Estado) e com gestão adequada.

A alternativa é repetir os mesmos chavões de sempre, que só jogam mais dinheiro nas mãos dos administradores incompetentes e perpetuam um modelo arcaico, injusto e ineficiente. 

Enfrentar a polícia é bonito para quem acha que a educação só vem com revolução. 

Mas ela só virá com liberdade e gestão. 

E para constatar isso, basta estudar.