Uma certa corrente de opinião credita o sucesso dos Estados Unidos como nação a duas crenças tão enraizadas na cultura norte-americana que são, para os seus cidadãos, imperceptíveis.
Uma é a crença de que cada um determina o seu próprio destino, ao invés de ser uma mera vítima das circunstâncias. As dificuldades que surgem são obstáculos temporários, a ser vencidos com trabalho e persistência.
A outra é a certeza de que seus filhos terão uma vida melhor que a dos seus pais.
Com isso eles não têm dúvida de que têm seu destino em suas mãos, e que são responsáveis por ele. Nós, brasileiros, preferimos sempre transferir a responsabilidade para outros.
Hoje as coisas estão erradas como consequência do regime militar. Na época do regime militar, a culpa era da anarquia e corrupção dos governos Jânio Quadros e Jango. Antes disso a culpa deve ter sido do Getúlio, da política do Café-com-Leite, da proclamação da república.
Não me interessa a explicação sociológica ou histórica desse comportamento. Minha geração está farta disso. Queremos começar agora, hoje, o país que é dono do seu destino, o país onde os filhos viverão melhor que seus pais.
A responsabilidade, e a honra, são todas nossas.