Um bom lugar para começar nossa revolução social seria na calçada em frente ao edifício Avenida Central, na Avenida Rio Branco.
Ali onde ficam sempre de 8 a 10 homens grandes, mal-encarados e mal-vestidos, em pé lado a lado bloqueando a calçada e abordando os pedestres.
Eles estão ali vendendo software pirata. Aos berros.
"Photoshop, Corel, Windows Vista".
Bem em frente um grupo da Guarda Municipal observa enquanto várias transações comerciais são realizadas.
Isso é um crime. De difícil eliminação, é verdade. Os mecanismos de cópia e distribuição são complexos. Não faltam clientes, que não se incomodam em adquirir seu produto pirata no meio da rua, em plena luz do dia. Talvez seja impossível eliminar esse problema.
Mas o que acontece ali, na frente do Avenida Central, não poderia acontecer em lugar nenhum.
Bastaria colher provas - filmar e fotografar algumas das transações, o que pode ser feito com facilidade - e prender os vendedores e alguns clientes.
Bastaria aplicar as penas da lei, da forma que fosse possivel.
O que não podemos fazer é aceitar como normal essa atividade debaixo dos nossos olhos.
É um acinte. É um absurdo. É a semente de outros males mais graves que continuarão a infestar nossa cidade enquanto a sociedade e as autoridades não aprenderem a dizer "não, de jeito nenhum".