O Rio Real - até que façamos alguma coisa

Segue abaixo o email que recebi do meu amigo Alexandre Arraes. Arraes é colega de escola e candidato a vereador nas próximas eleições. Sua plataforma é Desfavelização, sobre o que falarei depois. Leiam com atenção.

"O Rio real não é o que vivemos nem o que a mídia nos permite conhecer. Para conhecê-lo é necessário ter estômago, arregaçar as mangas e conhecer de perto lugares como o Jacarezinho.

Em pleno dia de trabalho milhares e milhares de pessoas concentradas em vielas fazendo nada. Motos com traficantes, com seus fuzis e submetralhadoreas à mostra, buzinando pelo caminho dos pedestres, caminhos estreitos e valas com pessoas e motos disputando espaços. Na "praça", uma clareira de mais ou menos 60m2, traficantes deitados com suas armas ao lado, enquanto crianças jogam uma bola de plástico e num canto um corpo jaz enrolado coberto por um saco plástico preto. Tudo na maior naturalidade como se fosse a cena mais comum da vida daquelas pessoas. O pior é que é comum mesmo.

A menos de 200 metros, encravado no coração da favela, um posto policial com viatura na porta.

Realidade é sobrevoar a zona sul do Rio e ver que em breve teremos o complexo da zona sul pois as favelas estão se interligando. A cada dia um novo bairro é tomado e uma nova rua passa a ser rota de traficante. A última foi a rua Sacopã, por onde sobem e descem carros com homens armados e caminhões de material de construção que alimentam a favelização em plena luz do dia.


Sacopã onde fuzilaram dois policiais apenas para roubar suas armas.Antes já foram levadas a Nascimento Silva inclusive o número 107, a Sá Ferreira e Souza Lima, A Farme e Teixeira, A Siqueira, Santa Clara, a Constante Ramos, a das Palmeiras a da Matriz, a Marques de São Vicente(alto) São Conrado, Laranjeiras, Pereira da Silva, Cosme Velho, o Leme inteiro.

Em breve tudo será uma coisa só: o Complexo da Zona Sul"