Serei Eu o Guardião do Meu Irmão ?

Aqui vai uma ideia nova: a culpa do massacre no presídio de Manaus é de quem massacrou. A melhor forma de não sofrer com as condições ruins dos presídios brasileiros é não ir preso.
Quanto aos criminosos condenados - esses indivíduos que atiram na cabeça de pais de família por um celular, ou que espancaram minha amiga Josefa, às 4:30 na manhã, na fila de ônibus de um subúrbio carioca - esses não merecem minha preocupação. Não importa o que digam os sociólogos e cientistas políticos na televisão.
No Brasil é sua obrigação se comover quando condenados perigosos matam outros condenados perigosos. Já se o morto for um policial sua reação deve ser de indiferença porque, para nossos "intelectuais", todo policial é despreparado, corrupto ou fascista.
Não deixe que ninguém te dê lição de moral usando um presídio cheio de bandidos como exemplo. Eu convoco vocês: para cada matéria denunciando as "condições sub-humanas" das prisões vamos fazer outra com os nomes das vítimas dos bandidos. Vou começar: Isabella Nardoni, João Hélio, Liana Friedenbach, Daniela Perez.
Um país que se preocupa mais com criminosos presos do que com as vítimas deles não tem futuro.


Cenas brasileiras:

1. A mídia está procurando superlotação carcerária em todos os cantos do país. Vão achar. Sabe quantos países do terceiro mundo têm prisões com o número adequado de presos ? Nenhum.

2. Estou no mar do Arpoador com minha filha. Um helicóptero da PM voa baixo patrulhando a praia. O sujeito ao meu lado, tocando funk em alto volume e cheio de adornos ostentação, faz com as mãos o sinal de "CV" para o helicóptero.

3. Dois dias depois, mesma praia. Sentados na beira d'água, entre crianças e famílias, dois indivíduos consomem cocaína, fumam um baseado gigante e cheiram cola em uma garrafa.

4. No mesmo dia da rebelião de Manaus, minha tia Laura, de Natal, Rio Grande do Norte, foi rendida por dois "menores", armados e agressivos, que levaram seu carro.
É uma guerra. Os bandidos querem seus bens, sua paz, sua vida. Estão armados até os dentes e se comportam como animais. Nossas únicas armas são a inteligência, a coragem e a verdade. Bandido bom é bandido preso por muito, muito tempo.


A culpa pelo que acontece nos presídios é dos presos. Nunca se falou tanto de direitos humanos. Desde 1984 - portanto, antes da ascensão da esquerda ao poder - os criminosos do Brasil vêm ganhando mais direitos. Pela "progressão de regime" eles passam para o semiaberto (só dormir na cadeia) após cumprir 1/6 da pena. Isso, na prática, significa liberdade. Eles também têm direito a 7 "saídas temporárias" anuais em feriados (a Suzane von Hell, assassina de pai e mãe, saiu no dia dos pais e no dia das mães). Eles podem ser premiados com o "indulto de natal". Podem ter relações sexuais no presídio com visitantes de sua escolha (o eufemismo é "visitas íntimas"). Se tiverem sido contribuintes do INSS, podem receber a "bolsa presidiário" de quase mil reais por mês.
A investigação criminal no Brasil é precária. Afirmar o contrário é brigar com a realidade. Segundo as estatísticas do Ministério da Justiça e da Pesquisa Sobre Violências nos Municípios, apenas 5% dos 65 mil homicídios anuais são solucionados. Quase todo brasileiro já foi assaltado. Quantas dessas vítimas viram seus assaltantes presos, julgados e condenados ?

Acabei de andar em um Uber. Fomos abordados por dois pivetes, marginais drogados, mãos no dentro do short, fingindo ter arma, repetindo pro motorista: "passa a aliança, passa a aliança". Nunca serão presos por isso; se forem, é provável que sejam liberados em seguida.

Um amigo foi promotor titular do III Tribunal do Juri da Capital (RJ) de 1996 a 2012. Atuou em centenas de casos, quase todos de homicídio (juri no Brasil julga basicamente homicídios). Em NENHUM deles houve colheita de impressões digitais; em UM deles apenas foi feito exame de DNA, cujo resultado foi inconclusivo porque o funcionário encarregado do exame não sabia realizá-lo.

É trágico.



Nosso código penal merece a classificação de infantil. De que outra forma se poderia classificar uma lei que permite que o sujeito que mata 30 pessoas numa chacina possa receber a pena de UM homicídio somente, aumentada apenas até três vezes ? Isso é o chamado "crime continuado". Melhor seria chama-lo de crime em promoção: mate 30, pague apenas por 3. É apenas um dos exemplos da benevolência do nosso "Código".

Você sabia que um crime de homicídio, no Brasil, prescreve em 20 anos ? E, se o autor for menor de 18 anos, o prazo de prescrição é de meros 10 anos ? Nos EUA homicídio jamais prescreve.

Voce sabia que o homem estuprou e queimou vivo o adolescente Lucas Terra passou para o semiaberto após 10 anos ? Você não acha que um monstro desses merece passar o resto da vida na cadeia ? Eu acho.

Quanto vale a vida de um brasileiro ?



Quanto à execução penal então, a situação é escandalosa. O sujeito é condenado por roubo com arma a 5 anos e 4 meses, e após 11 MESES em regime fechado, ganha as ruas no regime semiaberto. Os criminosos que mataram Daniela Perez a tesouradas ficarem presos apenas 6 anos.

Isso é mais do que uma lei infantil: é uma lei imoral, que impõe a todos nós a ditadura do crime.

Os autores da constituição de 1988 e das nossas leias penais optaram por valorizar a vida e a liberdade - do criminoso. Esses dois documentos vão na contramão do bom senso, da moral e da justiça, da forma como ela é compreendida pelo cidadão, trabalhador e pai de família brasileiro. Eu sou um desses cidadãos. Já fui assaltado 7 vezes.

Que país é esse que deixa criminosos perigosos à solta e mantêm seus cidadãos em estado de medo permanente ? Um país que precisa mudar já.
Para que continuemos vivos.


A esquerda, através de um longo processo de doutrinação, implantou na cabeça dos brasileiros a ideia de que "prender não resolve nada" e de que é possível ter uma "sociedade sem prisões". É difícil encontrar uma ideia tão imbecil que tenha sido aceita por tanta gente. O outro fetiche da esquerda é a "reabilitação" do criminoso pelo Estado. Mas como você reabilita um sujeito que escolheu violentar um adolescente de 12 anos – Lucas Terra - amarrá-lo, colocá-lo em uma caixa e queimá-lo vivo ? Ou que estuprou, estrangulou e esfaqueou a estudante Maria Cláudia Del'Isola, e depois enterrou seu corpo debaixo da escada da casa dos pais ?
Em 1980 ocorreram 13.000 homicídios no Brasil. Em 2015 ocorreram 65.000 homicídios. O Brasil tem 500 mil mandados de prisão pendentes. A causa dessa tragédia é a incapacidade moral de nossas instituições de identificar, prender e manter presos aqueles que cometem crimes. A raiz do mal é a visão defendida por nossos "intelectuais”, pela mídia e até por juristas, de que criminosos são vítimas da sociedade, de que "prender não adianta", de que "o Brasil prende demais" e de que todo criminoso, não importa o seu crime, pode ser "reabilitado".
Tudo isso é mentira, mentira, mentira. Escrevi um livro, “Ou Ficar A Pátria Livre”, dedicado a demolir essas asneiras.


Guardar presos é função do Estado. Mas não existe nenhuma prisão decente em países em desenvolvimento. Mesmo em países desenvolvidos as prisões são ruins. Claro que o ideal é que presos tenham espaço, comida e recreação. Mas qual é o Estado que vai prover isso ? O mesmo Estado que só elucida 5% dos 65 mil homicídios anuais ? O Estado que reduziu o PIB do país em quase 10% nos últimos dois anos ?
Por isso proponho outra ideia nova: antes de falar mal da polícia, informe-se. Nas forças policiais - assim como em qualquer outra organização - há pessoas boas e pessoas más. Mas não há nenhuma alma boa em um grupo que faz um arrastão ou que coloca uma arma na sua cabeça.
A maioria das críticas à polícia não têm como objetivo melhorar nossas vidas. A maioria das críticas têm como objetivos glorificar o bandido, transformá-lo em uma vítima e reduzir a severidade de suas punições. Os críticos não se baseiam em fatos, mas em uma ideologia que considera o criminoso como um "revolucionário" que "luta" para destruir o "sistema".
Só que, nesse caso, o "sistema" é você.


Pobreza não leva ninguém a cometer crimes. É óbvio: a maioria dos pobres nunca cometeu crime algum, e boa parte dos criminosos não é pobre. Mas por que muitos ainda acham que a pobreza é a causa do crime ? Eu explico.

Pobreza e crime têm a mesma origem: a falta de instituições decentes. As instituições são as regras de uma sociedade: a constituição, as leis e a moral do dia-a-dia. Quando essas regras são ruins ou não são cumpridas, duas coisas acontecem: o país não se desenvolve - e fica pobre - e a criminalidade explode.

Pobreza e criminalidade são como febre alta e tosse: são sintomas de um mesmo mal. A febre não causa a tosse: ambas são causadas pela gripe. A pobreza não causa o crime: ambas são resultado da falta de instituições decentes, que permitam ao cidadão progredir na vida, sem ser roubado pelo Estado ou por bandidos.

O que leva o criminoso a cometer um crime é uma decisão individual. Se a chance de ser preso ou punido é pequena, ou a punição é leve, ele terá um incentivo extra para roubar, estuprar ou matar. No Brasil 95% dos assassinatos nunca serão esclarecidos.

A inexistência de instituições decentes facilita a vida de quem comete crimes. Mas o único culpado do crime é, sempre, o criminoso.




Ninguém estupra porque é pobre. Ninguém enfia uma faca no pescoço de uma mãe, na frente de sua filha de 7 anos, porque não teve educação. Ninguém rouba um caminhão de carga e assassina o motorista para comer. Existem poucos inocentes nas prisões brasileiras.

Ninguém vai para a penitenciária, no Brasil, por crimes de menor potencial ofensivo. A lei 9.099 prevê pena de multa, prestação de serviços à comunidade ou outras medidas “sócio-educativas”. No caso de furto simples, por exemplo, a lei 9.099 prevê suspensão do processo: o autor do furto, se primário, sequer é julgado. A lei é de 1995, mas nenhum “especialista” de programa de televisão a conhece.

Ninguém vai para a penitenciária por porte de drogas para uso próprio. A lei 11.343 afasta essa possibilidade, prevendo somente advertência, prestação de serviços, cursos educativos ou multa para os usuários. A lei é de 2006, mas nenhum sociólogo de programa de auditório a conhece.



Por isso eu vou te fazer outro pedido: reaja. Quando um “intelectual” ou um sociólogo de televisão vier te cobrar comoção pela morte de 60 presos, lembre a ele que 178 cidadãos são massacrados todos os dias no Brasil.
Nosso país pode voltar a ser um lugar tranquilo para se viver em pouco tempo. Thomas Sowell e Nassim Taleb já demonstraram que a maioria dos crimes é cometida por um pequeno número de criminosos. Manter esses bandidos hiperativos trancafiados é essencial para que possamos viver com dignidade. Precisamos de correções urgentes em nossa legislação penal. Nada é mais prioritário.

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Quem não entende isso, ou entende mas prefere acreditar nas fantasias de demagogos populistas, está percorrendo um caminho suicida.