Quase toda semana acontece no Rio de Janeiro um seminário com um nome do tipo "Favela e Cidadania", recheado de estudiosos e sua teses já conhecidas.
O Rio de Janeiro é um lugar peculiar.
Além de um certo grupo de políticos que faz das favelas currais eleitorais, existe também toda uma indústria do "miséria é bonito" e "favela é solução".
São sociólogos, artistas, intelectuais, presidentes de institutos e ONGs que vivem, literalmente, às custas da representação da imagem do pobre e do favelado como vítima eterna da "elite" e do "Estado".
É a indústria da glamourização da miséria, é a defesa da "estética da periferia", é a exploração da revolta e indignação justas de uma parcela da sociedade em nome de objetivos comerciais e políticos inconfessáveis, mas fáceis de se identificar.
É de se surpreender que, com tanta gente qualificada discutindo e debatendo, ainda tenhamos crime, miséria e desordem no Rio de Janeiro.
Enquanto isso, a imensa maioria da população acompanha, calada e indignada, os acontecimentos.
O debate sobre estas questões, que são fundamentais não só para o Rio de Janeiro, mas também para o Brasil, foi sequestrado por esse grupo de "pensadores" profissionais, todos enviesados para a esquerda (uma esquerda enferrujada, descompromissada, equivocada e vaidosa), que desfruta dos permanentes holofotes da mídia.
Por isso quando morre alguém em uma ação policial, preparam-se e publicam-se inúmeros manifestos, e recebemos a visita de representantes da ONU.
Quando morrem policiais, é um silêncio ensurdecedor.
Está na hora da grande mídia escutar a verdadeira opinião da sociedade, e parar de dar espaço a esse grupo que fala em nome próprio, e não representa ninguém.
Queremos tranquilidade para viver, liberdade de ir e vir, menos sujeira e desordem em nossas cidades.
Miséria e pobreza não são soluções. A não ser para aqueles que vivem de sua exploração.